Demitir um funcionário geralmente não é fácil. Mesmo quando é evidente que sua saída da empresa é necessária, as vezes esse processo pode ser complicado. O cenário ideal seria uma separação amigável, como um divórcio consensual, onde ambas as partes reconhecem que é hora de seguir em frente.
No entanto, assim como em um divórcio, a rescisão de um contrato de trabalho nem sempre é simples ou pacífica. É essencial lidar com a demissão com cuidado para preservar a reputação da empresa e evitar possíveis ações legais por rescisão injusta.
Vamos explorar seis sinais que indicam quando é hora de demitir um funcionário e como fazê-lo de forma ética, legal e ponderada.
6 sinais de que é hora de demitir um funcionário
Como saber se é hora de dar uma segunda chance ao funcionário ou se é melhor encerrar o vínculo?
Aqui estão seis sinais que podem ajudar a tomar essa decisão.
1. Queda na produtividade
A produtividade é um indicador crucial de sucesso empresarial. Se a produtividade da empresa está em declínio, pode ser um sinal de que algo está errado.
Se um funcionário constantemente luta para cumprir prazos ou apresenta um desempenho inferior, mesmo após vários avisos e um plano de melhoria de desempenho, pode ser hora de considerar a demissão.
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2. Drama constante no escritório
Funcionários que promovem fofocas e criam conflitos prejudicam o ambiente de trabalho. Esse comportamento não só causa insubordinação como também mina a confiança entre colegas.
Se um funcionário está constantemente envolvido em dramas e rumores, é provável que seja uma influência negativa e difícil de corrigir.
3. Falta de crescimento e estagnação
Funcionários que não buscam desenvolvimento profissional ou resistem a treinar e melhorar suas habilidades podem se tornar um peso para a equipe.
Se um funcionário não demonstra vontade de evoluir e não responde aos esforços de correção, pode ser necessário tomar medidas mais drásticas.
4. Reclamações de clientes, fornecedores ou colegas
Um funcionário que provoca reclamações pode afetar diretamente os resultados da empresa. Não se pode ignorar um funcionário problemático prejudique a relação com clientes e fornecedores.
Além disso, a maioria das pessoas não virá diretamente à gerência para tratar de uma experiência ruim, então é um sinal de alerta.
5. Violação das políticas da empresa
Quebrar regras de forma recorrente, mesmo após advertências, indica desrespeito pelas normas da empresa. Em casos graves, como violações criminais ou de segurança, a demissão pode ser imediata.
Todos os funcionários devem estar cientes das políticas da empresa e das consequências por violá-las.
6. Atrasos e faltas frequentes
Atrasos ocasionais são compreensíveis, mas a repetição constante desses comportamentos prejudica o negócio.
Ausências frequentes aumentam os custos e afetam a produtividade, justificando uma ação mais rígida se não houver melhora.
Algumas dicas para demitir um funcionário
Aqui estão cinco passos para demitir um funcionário de maneira apropriada.
- Documentar questões e advertências: Antes de demitir, é essencial ter registros de todos os incidentes e tentativas de resolução. Documente datas, eventos e as ações tomadas para corrigir os problemas. Isso prova que a empresa tentou de tudo antes de recorrer à demissão.
- Decidir o último dia de trabalho: Planeje o último dia do funcionário demitido, preferencialmente no final do expediente de sexta-feira. Isso minimiza o impacto na equipe e dá ao funcionário o fim de semana para processar a situação.
- Realizar uma entrevista de saída privada: Conduza a entrevista em um local privado para evitar constrangimentos e respeitar a privacidade do funcionário. É uma situação delicada que requer sensibilidade.
- Explicar os motivos da demissão: Prepare-se com uma lista de verificação para manter a clareza durante a entrevista. Explique os motivos da demissão com exemplos específicos e informe sobre os próximos passos em relação a benefícios, como plano de saúde e 401(k).
- Permitir que o funcionário faça perguntas: Dê espaço para que o funcionário faça perguntas e responda de forma honesta. Cada pessoa reage de maneira diferente à demissão, então seja compreensivo, evitando discussões ou defensivas.
Direitos do Colaborador Demitido
Quando ocorre uma demissão, o colaborador tem direito a vários benefícios e compensações.
Abaixo estão listados os principais:
Seguro-desemprego
- Direito de quem trabalhou pelo menos 12 meses e foi demitido sem justa causa.
- Variável de três a cinco parcelas mensais, calculadas conforme a faixa salarial.
* Lei nº 13.134, de 16 de junho de 2015
Saque do FGTS
- Depósito mensal de 8% do salário do empregado em uma conta na Caixa Econômica Federal.
- Demissão sem justa causa: direito ao saque do FGTS e multa de 40% sobre o total.
- Demissão por iniciativa do empregado: não há direito ao saque.
* Lei nº 13.932, de 11 de dezembro de 2019
Aviso Prévio
- Pode ser trabalhado ou indenizado.
- Demissão sem justa causa: 30 dias de antecedência e um mês a mais de salário.
- Demissão por iniciativa do empregado: 30 dias remunerados após o pedido, podendo ser negociados.
* Lei nº 12.506, de 11 de outubro de 2011
Acerto Trabalhista
Inclui todos os vencimentos complementares, como:
- Saldo de salário (proporcional)
- Férias (vencidas e proporcionais)
- 13° salário
- Banco de horas
- Comissões e bônus (Caso houver)
- Outros benefícios acumulados durante o vínculo empregatício (Caso houver).
* Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (CLT)
* Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017 (Reforma Trabalhista)
Esses direitos asseguram que o colaborador tenha uma transição mais segura e justa ao término do vínculo empregatício.
Com essas dicas, a demissão pode ser conduzida de forma mais suave, minimizando os danos para ambas as partes e preservando a integridade da empresa.
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Espero que tenhamos te ajudado com isso! Sucesso!